(...)
Sempre curti um concurso de miss. Aquelas moças puras ou sonsas, que amavam “O Pequeno Príncipe” –tu és eternamente responsável por aquilo que cativas- e sonhavam em casar virgens, puras, castas.
Mas sempre amei mesmo foi uma vadia. Pra elas, tudo. É uma admiração igualmente antiga. Não fujo à luta.
(...)O problema é que é sempre mais difícil casar com uma dita vadia. Como são as melhores, são as mais difíceis, exigentes, têm mais o que fazer na vida do que se entregar ao primeiro que passa.
Mas nada como um casamento com uma delas. Nooossa, como diria o Costinha -meu eterno coro grego-, com a sua imoral bocarra.
Uma vadia é uma vadia. Boa de cama, boa de rua, como no protesto de ontem. O movimento é sexy e só a anarquia festiva salva.
Uma vadia jamais se acomoda.
(...)É isso ai, uma vadia instiga, tem fome de viver e nos põe larica nos cinco buracos da cabeça.
Por uma mulher livre, gostosa e insubmissa. Sempre. Sim, às vezes, humildemente, confesso, a gente não segura a onda. Mas que desafio há em boiar no chato oceano pacífico de uma santa?
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